Colesterol: 8 fatos que você precisa saber
- Hospital Forma
- 18 de jul.
- 4 min de leitura
Confira o texto completo sobre o tema e entenda mais sobre a condição.

Colesterol: o equilíbrio essencial para uma vida longa e saudável
O colesterol é uma substância vital para o bom funcionamento do corpo humano. Ele participa da produção de hormônios, formação das membranas celulares e síntese da vitamina D. No entanto, quando seus níveis estão desequilibrados — especialmente quando elevados —, ele pode se tornar um inimigo silencioso da saúde cardiovascular.
No Brasil, cerca de 4 em cada 10 adultos têm alterações nos níveis de colesterol, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Esse número alarmante reforça a importância de entender como ele funciona no organismo e como controlá-lo por meio de hábitos saudáveis e acompanhamento médico especializado.
Neste conteúdo, o Hospital Forma esclarece as funções do colesterol, as principais causas de seus níveis alterados e as estratégias eficazes de prevenção e tratamento.
O que é colesterol?
O colesterol é uma gordura natural produzida em sua maior parte pelo fígado, e também adquirida por meio da alimentação, principalmente de origem animal (carnes, ovos, laticínios).
70% do colesterol é produzido pelo organismo.
30% vem da dieta.
Ele é transportado no sangue por lipoproteínas, que se dividem em dois tipos principais:
LDL (lipoproteína de baixa densidade): o chamado "colesterol ruim", que pode se acumular nas artérias.
HDL (lipoproteína de alta densidade): o "colesterol bom", que remove o excesso de gordura do sangue.
Por que o corpo precisa de colesterol?
Apesar da má fama, o colesterol é indispensável para:
Produção de hormônios sexuais e adrenalina.
Produção de vitamina D.
Formação da membrana de todas as células do corpo.
Por isso, ele não deve ser eliminado — mas sim equilibrado. O problema ocorre quando o LDL está alto e o HDL está baixo, desequilíbrio que aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
Colesterol x Triglicerídeos: qual a diferença?
Embora muitas vezes citados juntos, colesterol e triglicerídeos são diferentes:
Colesterol: atua na formação celular e produção hormonal.
Triglicerídeos: são usados como fonte de energia pelo corpo.
Níveis altos de ambos estão associados ao risco de infarto, AVC e outras complicações, especialmente quando combinados com sedentarismo e má alimentação.
Colesterol “bom” e “ruim”: entenda a diferença
LDL (ruim): transporta gordura do fígado para os tecidos. Em excesso, forma placas nas artérias.
HDL (bom): remove o excesso de gordura, levando-o de volta ao fígado para ser eliminado.
O equilíbrio entre LDL e HDL é essencial. Quanto maior o HDL e menor o LDL, menor o risco de complicações cardiovasculares.
Fatores de risco para colesterol alto

Diversos fatores podem levar ao aumento dos lipídios no sangue:
Genética: histórico familiar de colesterol alto ou hipercolesterolemia familiar.
Dieta desequilibrada: consumo frequente de carnes gordurosas, frituras e alimentos ultraprocessados.
Sedentarismo: reduz o HDL e favorece o acúmulo de LDL.
Obesidade: especialmente gordura abdominal, contribui para o desequilíbrio metabólico.
Tabagismo: diminui o HDL e prejudica os vasos sanguíneos.
Diabetes tipo 2: altera o metabolismo dos lipídios e aumenta os riscos cardiovasculares.
Impacto da genética nos níveis de colesterol
Pessoas com predisposição genética podem apresentar níveis elevados de LDL desde a infância, mesmo com uma rotina saudável. Nesses casos, é essencial o acompanhamento contínuo com um especialista, que pode indicar tratamentos específicos, inclusive medicamentos.
A hipercolesterolemia familiar é uma das condições mais graves e requer atenção médica desde cedo.
Colesterol descontrolado: riscos a longo prazo
Quando o colesterol LDL se mantém elevado por muito tempo, há maior risco de:
Formação de aterosclerose (placas nas artérias).
Infarto agudo do miocárdio.
Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Hipertensão arterial.
Complicações renais e hepáticas.
Por isso, o monitoramento constante e o tratamento precoce são fundamentais para preservar a qualidade de vida.
Como tratar e controlar o colesterol alto
O tratamento para o colesterol alto é multidisciplinar e pode envolver:
✔️ Mudança de hábitos alimentares
Reduzir o consumo de gorduras saturadas (carnes vermelhas, embutidos, frituras).
Aumentar a ingestão de fibras, como frutas, vegetais e grãos integrais.
Substituir gorduras ruins por gorduras boas (azeite, abacate, castanhas).
✔️ Atividade física regular
Exercícios aeróbicos, como caminhadas, natação e ciclismo, aumentam o HDL e ajudam na perda de peso, favorecendo o equilíbrio lipídico.
✔️ Medicamentos (quando necessários)
Em casos graves ou de origem genética, o médico pode indicar estatinas ou inibidores da PCSK9, que reduzem a produção de colesterol pelo fígado.
✔️ Controle de comorbidades
Doenças como diabetes e hipertensão devem ser acompanhadas e controladas para evitar agravamentos no perfil lipídico.
Estratégias naturais para equilibrar o colesterol

Alguns alimentos e nutrientes podem contribuir diretamente para a redução do LDL e o aumento do HDL:
Ômega-3: presente em peixes como salmão e atum, além de sementes de linhaça e chia.
Fibras solúveis: como aveia, maçã e cenoura, ajudam a “varrer” o excesso de gordura do sangue.
Antioxidantes naturais: frutas vermelhas e vegetais folhosos protegem os vasos contra danos oxidativos.
Oleaginosas: nozes e amêndoas auxiliam na elevação do HDL, desde que consumidas com moderação.
Monitoramento: por que é essencial?
Muitas vezes, o colesterol alto não apresenta sintomas. Por isso, é fundamental realizar check-ups periódicos:
Crianças: triagem inicial a partir dos 10 anos.
Adultos até 65 anos: exames a cada 1 a 2 anos.
Acima dos 65 anos: exames anuais.
O Hospital Forma recomenda um acompanhamento individualizado, avaliando fatores genéticos, hábitos de vida e outras condições clínicas, para um plano de tratamento personalizado e eficaz.
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